witch lady

Free background from VintageMadeForYou

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

...E o que Dói Menos?





Ninguém está preparado para enfrentar a perda de alguém que ama.

Dia desses, eu conversava com minha irmã, e ela me dizia que sentia muita falta de nossa mãe - eram muito ligadas - mas que sentia-se consolada, pois ela já estava bastante idosa quando morreu; mas que jamais se consolava pela perda de seu filho - meu sobrinho - tão jovem, e cheio de planos.

Também conversei com meu marido sobre o assunto, e falamos em ocasiões nas quais ficamos sabendo de mortes repentinas na família ou de amigos, de pessoas jovens ou não, e de mortes pré-anunciadas, de pessoas jovens ou não. Em nenhuma das ocasiões, pudemos comparar os fatos e chegar a uma conclusão sobre qual maneira de se perder alguém é menos dolorosa: se de repente ou aos poucos.

O fato, é que perder alguém, dói. E sempre doerá. É uma dor imensurável, que ninguém pode consolar, a não ser o Senhor Tempo. A vida urge ser vivida, os dias urgem voltar a ser contados (quando alguém morre, perde-se toda a noção, inclusive, a do tempo).

Mas um dia (isso sempre acontece), acordamos nos sentindo melhor. Já não dói tanto. Aos poucos, já conseguimos falar sobre aquela pessoa e rir muito de certos acontecimentos que vivemos juntos. Conseguimos lembrar dela com uma saudade boa, não mais tão dolorida. E esse tempo é diferente para cada um que passa por uma perda. Pode durar meses ou anos até que se chegue a esse estágio. Talvez, seja preciso procurar ajuda profissional, e isso, é cada um que determina. Para alguns, a religião e / ou a fé podem ajudar.

Às vezes, vem à cabeça daquele que perdeu alguém o seguinte pensamento: "Fiz tudo o que eu poderia ter feito? E se eu tivesse feito diferente? E se eu tivesse procurado um outro médico? E se eu tivesse passado mais tempo com ele (a)? E se... e se... e se..."). Mas  acho importante saber que esses questionamentos são normais, e que jamais devemos nos sentir culpados; no fundo, a gente sempre faz o melhor que pode, sempre, e mesmo que tenhamos cometido algum erro em relação à pessoa que se foi em algum momento, não foi de propósito. Nessas horas, acho importante fazer as pazes consigo mesmo e com a pessoa. Bem, eu rezo, converso, e isso me faz sentir melhor.

Exercitar o desprendimento e a aceitação dos fatos pode ser a parte mais difícil; não queremos aceitar. Nos perguntamos: "Como isso pode ter acontecido comigo / com ele(a)?"  De nada adianta revoltar-se diante do inevitável, e quanto mais cedo compreendermos este fato, melhor. E a coisa mais certa de todas as coisas na vida, é a morte. Um dia, chegará a nossa vez, e enquanto isto não acontece, se eu estou aqui ainda, é porque ainda há bons motivos para isso. E eu quero viver, eu quero ser feliz e aproveitar tudo o que eu puder, e aprender, e me machucar se necessário, e apostar, e vencer, e perder.

É isso aí.

5 comentários:

  1. OI Ana, bom dia!

    Essa coisa de morte sempre nos remete à dor naum tem jeito amiga. A pessoa pode ser idosa, doente, e mesmo assim a gente sente aquela sensação de perda e pesar. Porque NUNCA MAIS a gente verá aquela pessoa, é horrível isso.
    Aconteceu comigo diante da morte da minha avó, que vc já leu a história lá no Retratos.

    E quando perdemos um jovem ou uma criança, a coisa fica imensurável... Nem tem palavras!

    Eu entendo que ninguém se prepara para perder alguém, ninguém mesmo! E acredito que cada um tem seu dia marcado, de uma forma ou de outra.

    Contudo, a morte é fato. Saber lidar com ela é que está o problema. Ainda bem que o TEMPO vai nos ajudando e ameniza as dores, mas a saudade... Ela fica e machuca de quando em vez!

    abraços de paz pra ti e até!!
    Lu

    ResponderExcluir
  2. Ola querida Ana.
    A perda de nossos entes queridos, é como levassem um pedaço de nossa vida com eles.
    Mas quando compreendemos que a ´partida deles, não é o fim, mas o recomeço de tudo, nosso coração fica mais leve, aceitando melhor a ausência física de quem tanto amamos. A saudade fica, mas é amenizada quando acreditamos que os nossos entes queridos, continuam bem do nosso lado.
    Querida tenha uma linda tarde, coberta pela alegria e Amor de Deus!
    abraço Amigo!
    Maria Alice

    ResponderExcluir
  3. A dor de perda é sem dúvidas uma dor que não adormece tão cedo. Ela pode ser não tão grande, ou maior que todas as nossas percepções podem captar... O difícil, a primeira vista, é conviver com ela, mas depois vemos que aos pucos vamos "melhorando", e a dor que antes ceifava nossas emoções passa de Morte para um Anjo, que nos ilumina e protege... Abraços

    R. B. Mattozzo - Blog Diretrizes da Vida

    ResponderExcluir
  4. Olá!Boa tarde!
    Ana...
    Belo e reflexivo texto.
    eu tenho uma opinião bem particular. Penso que quando há a morte natural, esgotamento natural da vida, é até mais fácil de assimilarmos. Agora, a morte antinatural, tal como o filho/a ir antes da mãe...nossa.
    E pior que cada vez mais, vemos diminuindo a morte natural e aumentando a incidência de morte antinatural, doença/assassinatos/acidentes. Embora, que na questão da morte não existem alternativas e Já que não podemos fingir que a morte não existe, só nos resta acostumar com as dores, saudades e lembranças.
    Bela quarta feira!
    Beijos

    ResponderExcluir
  5. OI ANA!
    QUE COISAS LINDAS E IMPORTANTES ESCREVESTE NESTE TEXTO.
    A MORTE É INEVITÁVEL E VIRÁ PARA TODOS ENTÃO,NADA HÁ A FAZER A NÃO SER VIVER DA MELHOR FORMA QUE SE PUDER E TENTAR SER O MAIS FELIZ POSSÍVEL, POIS NADA MAIS SE LEVA...
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/ClickAQUI

    ResponderExcluir

Obrigada pela sua presença! Por favor, gostaria de ver seu comentário.

Parceiros

EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...