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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Yung e o Tarô - Uma Jornada Arquetípica





Trechos do livro "Yung e o Tarô - Uma Jornada arquetípica," de Sallie Nichols 



A carta 18 - O Diabo: anjo Negro - 

(...) Dir-se-há  que, através das atividades de Satanás, nós, seres humanos, fomos expulsos do Éden da obediência instintual e da natureza animal a fim de podermos cumprir o destino de nossa natureza especificamente humana. E agora, tendo provado do conhecimento do bem e do mal, enfrentamos, para todo o sempre, a responsabilidade da escolha moral. Já não somos capazes, como crianças obedientes, a permanecer seguramente dentro dos limites de um código superposto de ética. estamos, segundo Jean-Paul Sartre, "Condenados a ser livres."
Sem liberdade para escolher, não pode haver moral verdadeira. O fato é que a maioria de nós tem hoje mais escolha livre do que supomos; muitos, porém, ainda inconscientemente aprisionados dentro dos mores culturais, recusam-se a aceitar a responsabilidade da escolha moral. (...) Enquanto nos recusarmos a virar-nos e a enfrentar nossos próprios diabos interiores - seja qual for a forma que possam assumir - não seremos humanos.
(...) De acordo com Baudelaire, que tinha considerável experiência com esse sujeito (o diabo), "O artifício mais hábil do diabo é convencer-nos de que ele não existe."


Carta 10 - O Carro - Leva-nos para casa

"O eu utiliza a psique individual como meio de comunicação. O homem, por assim dizer, é propelido ao longo da estrada para a individualização." - Yung

(...) O Carro parece simbolizar com propriedade o poder transportante da psique. A psique não é um objeto, uma coisa; é um processo. Sua essência é o movimento. Assim como a paisagem externa passa por nós quando viajamos, assim diante do olho interior as imagens se sucedem numa constante fita de cinema. São imagens que sintonizamos quando fechamos os olhos para as coisas externas e subimos no carro para uma viagem interior. Semi-vislumbradas, às vezes totalmente não reconhecidas, tais imagens afeiçoam nossa vida e nossos atos. Contém a semente vital da vida.


Carta 11 -  Justiça - Há alguma?

"O equilíbrio é a base da Grande Obra." - Aforismo alquímico.

(...) Um significado da palavra 'inocente' é ignorante. Só a ignorância se imagina inocente. (...) O simbolismo da Justiça acentua significativamente uma união harmoniosa de forças opostas. Sentada num trono, a grande figura feminina simboliza o poder feminino sobre-humano. No entanto, empunha uma espada e usa um elmo de guerreiro, a denotar que a discriminação e a coragem masculinas estão também envolvidas em seu trabalho.

"Não trago a paz senão a espada." Nessa série do tarô, o herói deixou para sempre a paz bem-aventurada para da inconsciência para assumir o desafio e a responsabilidade que a espada representa. Agora precisa deixar de invectivar os Fados, ou os pais, pelos pecados que cometeram contra ele por mais reais que estes possam ter sido, e assumir o fardo da própria culpa.  Só o néscio se interessa pela culpa dos outros, visto que não lhe é dado mudá-la. Se o herói ainda vê os pais como diabos, responsáveis pelos seus erros e limitações, está tão vinculado a eles como estava quando os supunha seus infalíveis salvadores. Cortar o cordão umbilical significa psicologicamente livrar-se de toda e qualquer dependência infantil, tanto negativa quanto positiva.  (...)


3 comentários:

  1. Que interessante! Gostei de ler as interpretacoes das cartas. Bjs

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  2. Eu adoro tarô e já estudei um pouquinho tb.Muito interessante essa abordagem que fez desses 3 arcanos.bJS,

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  3. Ana, há muito a se pensar quando lemos os trechos que postou. Não conhecia o significado de nenhuma das cartas. Bjs.

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