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sexta-feira, 30 de junho de 2017

O Vaso à Janela









Aquele vaso à janela
Onde mora a flor
De pétalas perfumadas
E cintilantes,
As folhas erguidas ao céu
Como numa prece constante,
Aquela flor sempre igual
Que atrai teus olhos
Ao inclinar-se, feliz,
À brisa dançante...

E tu a regas, diariamente 
Mostrando, contente, a tua flor
A todos os visitantes...
E um dia, de manhã,
Tu olhas na direção
Da janela onde ela fica
E vê que já não é bonita,
Até que, de repente,
Ela já não é...

E perplexo diante de um vaso
Vazio de qualquer beleza
Tu ficas, de olhos surpresos
Pensando na flor que se foi,
Guardando uma pétala caída
Dentro do livro
Da tua vida.

E assim, aprendes a viver
Da memória daquela flor,
Daquele efêmero ser
Que te tornou diletante,
O teu amor que se foi,
A tua flor inconstante...



















4 comentários:

  1. Yes, it is sad when things of beauty come to an end, but that's all the more reason to appreciate them while they last.

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  2. Que lindo Ana!
    Olha que até lembrei do Pequeno Príncipe.
    Uma flor que nos cativa e por não ser perene, somos levados ao sentimentos de perda, de incompletude.
    Um show amiga de poesia de elegância e beleza.
    Bjs e bom fim de semana Ana.

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  3. Sabe Ana,
    uma das muitas perguntas
    que tenho me feito é:
    para onde vai o amor
    de quem deixa de sentir amor?...

    Abraço imenso.
    Aluísio Cavalcante Jr.

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  4. Amiga/Poetisa, Ana Bailune !
    Que belo poema !
    Certamente, filho de um momento iluminado
    por um profundo sentimento...
    Parabéns, querida, e uma feliz semana, com
    o meu fraterno abraço.
    Sinval.

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