witch lady

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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Siga Seus Instintos!




Acostumamo-nos a não ouvir nossos instintos, e te-los como algo místico, supersticioso, incrível. Ridicularizamos aqueles que tem premonições ou sonhos estranhos, e rimos deles quando eles, angustiados, os relatam.

Já narrei aqui o sonho que tive antes da doença de minha mãe; ela me aparecia muito triste, carregando uma bolsa de papelão forrada de plástico grosso, com padrão de rosinhas miúdas, e me dizia que iria viajar e que por isso, não passaria o natal conosco. Eu a abraçava e pedia que ficasse, mas ela apenas repetia que não poderia passar o natal, pois tinha que fazer uma longa viajem. De repente, olhei em seus olhos e ela chorava lágrimas de sangue. Depois disse -me para que não ficássemos tristes, pois o Pai tinha planos para todos nós. Bem, todos sabem o que aconteceu depois.

Não foi a primeira vez que me aconteceram sonhos assim. Também sonhei, antes da morte de meu pai, que um homem desconhecido, acompanhado de um garoto, conversava comigo no quintal de casa, dizendo-me para que eu me preparasse, pois perderia alguém de minha família em breve. Isto foi há quase trinta anos. Meu pai morreu mais ou menos um mês depois daquele sonho.

Também houve ocasiões de eu dizer coisas para as pessoas (não sei de onde vieram) que se confirmaram; engraçado, é que enquanto eu as afirmava, sem base nenhuma, eu mesma me censurava, pensando: "Ana, como você pode dizer uma coisa dessas, assim?!" Mas elas aconteceram exatamente como eu tinha dito.

Precisamos aprender a dar ouvidos aos nossos instintos. Eles não tem nada de sobrenatural, são apenas pequenos - ou grandes avisos, que nos preparam ou ajudam a evitar certas situações. 

No dia em que minha mãe deu entrada no primeiro hospital, ela foi antes até a cantina e comprou uma paçoquinha. Minha irmã, que estava com ela, censurou-a, dizendo: "Mas mãe, você está amarelinha, com problema de vesícula, não pode comer paçoca!" Minha mãe respondeu: "Mas eu vou comer, Estou com vontade, e vou comer." Minha irmã insistiu, dizendo que não ia deixar, mas minha mãe, irritada, bateu o martelo: "EU-VOU-COMER-ESTA-PAÇOCA!" E comeu.

Um dia, já no hospital onde foi operada, ela me olhou e sugeriu: "E se eu fugisse?" E eu: "Como assim, fugir, mãe?Você tem um problema grave, está toda amarela... se a vesícula infeccionar, você pode não ter tempo de ser atendida!" E ela: "Eu já fugi uma vez" (referia-se a uma ocasião em que desistira, já no hospital, de uma cirurgia dentária, apenas desaparecendo do mapa sem avisar a ninguém); "Já estou velha mesmo, se eu morrer, pelo menos eu morro inteira. E se eu morrer na cirurgia?" Senti um arrepio na espinha e uma voz que me dizia: "Leva ela embora daqui!" Mas eu não escutei.

Minha irmã teve essa mesma vontade, um outro dia, e também não obedeceu. Acho que ambas tivemos medo do que poderia acontecer se a levássemos embora, e que a responsabilidade seria toda nossa... nos preocupamos mais com o que pensariam de nós, as consequências para nós, e não para ela.

Aprendi que, da próxima vez que eu tiver um instinto muito forte, irei escutá-lo. Quem sabe, minha mãe ainda poderia estar aqui?

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Que Haja





Que haja doce
Na ponta de minha colher,
E ventos
Entre as letras de minhas palavras.
Que haja mais amor
E menos mágoas,
Se possível, nenhuma...
Que a vida seja leve,
Pois que é breve.

Que haja horizontes
Debaixo do olhar,
E uma vontade plácida
De viver, de querer, de amar,
Que haja sonhos para se sonhar,
E uma realidade mais amena
E mais tácita,
Que a aceitação de tudo
Que não depender de mim
Seja uma prática.

Que haja rosas
Aos pés da memória,
Que eu aceite toda a dor
E toda a glória,
E que viver... bem, que viver
Seja uma doce rotina
De quem se empenha,
E acha lindo, 
E pouco se amofina.




Hai-Kai-Zen de Thomas Merton







Tarde tranquila.
Colunas azuladas.
Lírios balançam ao vento.
Este dia jamais voltará.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

MORTE







Na morte e ao morrer, dissociamo-nos a tal ponto do ser total que literalmente exterminamos, pela negação, grandes parcelas de nós mesmos. No fim, fugimos do corpo -ele se tornou desconfortável demais- e temos de nos libertar da dor do ser isolado.




A morte passa por nós de uma vibração para outra. Sempre que devaneamos ou sonhamos à noite, estamos criativamente envolvidos ou amamos muito, passamos para uma outra vibração. A anterior fica para trás, morremos para ela. Morremos consciente ou inconscientemente-de qualquer forma aquilo que morre não é mais um foco necessário. (Nota pessoal: seria bom se todos pudéssemos ter este desprendimento).








Aaron John Bethe'el







Adeus



Minha mãe se foi, no primeiro dia do ano.


Escolhi estas fotos porque elas foram feitas durante nosso penúltimo passeio. Neste dia, eu, ela e a Dal, minha irmã, nos encontramos na avenida e fomos almoçar juntas no Liberty Garden; após o almoço, cruzamos a Praça da Liberdade, andamos pela avenida Koeller e caminhando pela Rua Ipiranga, chegamos ao Parque Municipal. Uma longa caminhada, mas o dia estava lindo, e nós não estávamos com pressa.


Minha mãe e minha irmã Dal


Esta foto foi tirada quando chegamos ao Parque Municipal. Depois, voltamos pela Ipiranga e fomos até a Rua 13 de maio, onde tomamos sorvete no MCcDonald's. Foi um dia muito feliz. Vivido intensamente. Ela ainda queria ir andando para o centro da cidade, mas eu e minha irmã já não aguentávamos mais caminhar... tomamos um ônibus para o Centro, e depois que eu fui para casa, elas ainda ficaram na avenida, pois minha mãe queria andar mais!



E é assim que eu quero lembrar-me dela: uma pessoa cheia de saúde, vigor, vontade de viver e que realmente amava a vida, e aproveitava cada momento. Ela me disse, no hospital, que se morresse, estaria tudo bem, pois tivera uma vida longa e fora feliz. Bem, eu vou sentir demais a falta dela... vou lembrar-me dela para sempre. Os nossos últimos dias juntas foram tristes e desesperados. Tudo deu errado desde o começo dessa maldita cirurgia. Mas eu vou - juro que vou - tentar lembrar-me apenas dos dias que foram bons.

Mãe é uma pessoa que não se esquece. Mãe é uma pessoa que só merece ser lembrada através de nosso amor e de nossa gratidão.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Reflexões do Primeiro Dia





O ano novo é uma data simbólica, na qual as pessoas estabelecem novas metas, novos sonhos e novos paradigmas de comportamento. Isto poderia ser feito em qualquer época do ano, mas precisamos de símbolos. Precisamos de marcos que definam as mudanças que desejamos ver estabelecidas em nossas vidas.

Existem, para todos nós, pontos de mudança - 'turning points,' em inglês. Por exemplo: os aniversários que simbolizam mudanças de décadas, o dia de nosso casamento, formatura, nascimento dos filhos, etc..., nos quais pretendemos estabelecer grandes mudanças.

Mas na verdade, há pouquíssimas grandes mudanças em nossas vidas, se pararmos para repensar... e olhar o passado. 

Quais mudanças foram realmente importantes e significativas em sua vida?

Quais metas você estabeleceu para si no dia de ano novo que realmente cumpriu? E quais as que não cumpriu, e por que?

A minha meta para 2013 será viver um dia de cada vez. Sonhar sonhos alcançáveis e que realmente sejam meus. Viver a minha vida de forma simples. Não querer interferir demasiadamente no ciclo da vida, pois quando ela decide, não há nada que possamos fazer, a não ser que acreditemos em milagres (eu às vezes acredito, mas sei que não são comuns, ou não seriam milagres).

Mas também vejo e entendo como milagres, as pequenas coisas da vida. A beleza de uma flor, animal ou de uma paisagem, é um milagre. Acordar é um milagre, e até morrer é um milagre. Mas o maior de todos os milagres, é o da aceitação. Este, ainda devo aprender melhor. Bem, talvez seja esta a minha grande meta para 2013: aprender a aceitar os fatos que não posso modificar.

No ano de 2012, principalmente no final, aprendi que nem sempre a vida precisa de nossa interferência, e quando insistimos, ela ri de nós. Ela é uma mãe que nos enxerga como crianças mimadas e voluntariosas, mas como mãe dedicada e rigorosa, ela fará o que for preciso para que aprendamos a nos comportar melhor. 

O ano de 2012 não foi em vão. Aprendi algumas coisas, afinal.


Guia espiritual para o Novo Milênio

Máximas do livro "Guia Espiritual Para o Novo Milênio," de Aaron John Beth'el



Decretar

Todos os nossos pensamentos, falas, emoções e sentimentos tem o potencial de se transformar em decretos.


Mito

Se olharmos para nossa vida historicamente como um mito, em vez de um fato, conseguiremos distanciar suficientemente a percepção para enxergar o fio crescente de nossa jornada - nosso verdadeiro chamado por um caminho especial.



Negatividade

A quantidade de negatividade em nossa vida muitas vezes indica a quantidade de luta do ego mental e a resistência ao fluxo, à mudança e transcendência.
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Concluir que alguma coisa é negativa devido ao nosso próprio  condicionamento passado, ou porque os outros assim concluíram, pode, em certas ocasiões, restringir o leque de ações possíveis para se estar fora da nossa área de redenção.




Opinião

Quando duas opiniões indignadas competem igualmente pela verdade, aquela que se rende primeiro à outra é a mais amada pela verdade. A verdade não pode ser detida pela opinião cega que deixa de fora o amor pelos outros.


Dar-receber

Somente os seres altruístas, abertos e receptivos conseguem receber com um amor sincero.
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Quando o que damos não é aceito ou valorizado por quem recebe, e nós retiramos o amor e o apoio, fica comprovado que o ato de dar era condicional. Esperávamos algo em troca da doação, não estávamos com o coração completamente cheio de amor.
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Não é melhor dar mais quando o suficiente é o bastante.

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Se achamos difícil receber, estaremos querendo permanecer no controle de nosso próprio ego.




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EU SÓ TENHO UMA FLOR

  Eu Só Tenho Uma Flor   Neste exato momento, Eu só tenho uma flor. Nada existe no mundo que seja meu. Nada é urgente. Não há ra...